Livros e até onde nos levam... Livro 2 - O primeiro de muitos contos de interesse próprio, só assim consigo encarar os livros e entrar dentro deles.

Um romance juvenil, Xeque ao Rei de Joanne Harris, como um jogo de xadrez, preciso, jogar para tentar ganhar, peças pretas e peças brancas, tudo se passa na adolescência de uma aluna que tenta quebrar as regras, tudo para entrar dentro de um colégio de meninos ricos com propinas sempre a aumentar. Havia peões, havia torres, bispos, a Rainha & o Rei, até o cavalo fazia a sua jogada, tudo era planeado como num jogo de xadrez, teria de ser preciso. 

 Classificada como uma das melhores romancistas da Grã-Bretanha pelos críticos, Joanne Harris tem uma coleção enorme de romances publicados, tenho pena de ainda só ter lido este. 

 Agora um pouco da historia deste livro, já o li há algum tempo, já li uns tantos depois, está difícil de me lembrar dos pormenores, mas vou tentar.... 

 Sei que se trata de um aluna ainda nova que vive com o seu pai,  residiam numa cidade na Grã-Bretanha, ela ainda nova daria entrada na escola primária de Abbey Road, o pai era o novo porteiro de um famoso colégio, o Colégio de St. Oswald, onde iriam residir ambos, o colégio era enorme e tinha imenso campos de jogos e edifícios de salas de aulas, era rodeado de muros altos e tinha imensas placas que transmitiam a mensagem «PROIBIDA A ENTRADA A ESTRANHOS». Da mãe pouco se fala, apenas se refere no início que dela nada sabiam, apenas uma ou outra recordação, não se iria falar muito da mãe da aluna, que a autora vai descrevendo como se fosse em 1ª pessoa, numa focalização interna ou seja ele mesmo a narrar a história por onde ia contando os acontecimentos, todo o livro vai retratando a vida desta adolescente, a sua vida escolar e familiar, ele vai passando de ano até ao secundário, onde iria detestar a escola classificando-a de gente pobre e de zonas mais pobres da zona onde viviam, não daria entrada no Colégio de St. Oswald por causa das propinas que o pai não tinha possibilidades de pagar.

 Mas a certa altura ela realiza o seu desejo, depois de roubar o uniforme de um cacifo a uma aluna do Colégio de St. Oswald, ela decidiu-se fazer passar como aluna desse colégio de St. Oswald, as suas boas notas permitiam que começa-se a faltar às primeiras aulas da manhã e às ultimas aulas do dia na sua real escola secundária, deixou de ir também às aulas de educação física, porque não lhe iria fazer falta, e nessas horas ia  fazer amigos e passeava-se pelo Colégio de St. Oswald, com sua roupa vestida por debaixo do uniforme do colégio, ela estava sempre a tentar não ser vista pelo porteiro que era seu pai, ambos residiam na antiga casa dos porteiros, poucos alunos se atreviam a ir até lá, visto haver sempre placas a proibi-lo, por isso era fácil fazer-se passar por aluna daquele colégio, o seu grau de intelectualidade também ajudava, dizia que morava numa outra área residencial das zonas mais ricas e finas da cidade. A história ia-se desenrolando sempre com algumas aventuras pelo meio, algumas paixões que ela ia tendo com os alunos do Colégio de St. Oswald, e muitas férias onde se podia sentir mais há vontade. Para o fim houve uma série de acontecimentos onde se ia incutindo suspense, posso dizer se iam perdendo peças no tabuleiro. houve uma série de acontecimentos misteriosos típicos de colégios antigos, que já não me consigo recordar, mas posso dizer que ela terminou os estudos, não onde pretendia, mas foi para Paris e mais tarde quando voltou, foi à celebre festa que acontecia todos os anos pelo final do ano lectivo naquele colégio em que se reuniam todos os alunos finalistas, e mais alguns antigos alunos que festejavam durante umas noites e dias, sempre em convívio com fogo de artificio enfim uma espécie de festa de finalistas, mas que antigos alunos também se juntavam para matar saudades e reviver o passado. Do pai, pouco me recordo, mas no desenrolar da história ou ficou doente, devido ao stress causado pela sua profissão, e com muitos jovens a dar-lhe cabo da cabeça, já não me lembro bem. Enfim, um grande livro, que nos ensina, para mim resumia-o em três palavras, "conquistar, ousar e lutar", as quais a autora também as refere já nas ultimas paginas.

Texto de: Ricardo Antunes
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